BLOG ANTIGO

sábado, 17 de setembro de 2016

“Ei” – Diário de uma piriguete aposentada



“Ei” – Diário de uma piriguete aposentada

Meu nome é Débora Bárbara
Mas pode me chamar de Dedei
Milhares de bocas beijei
Shortinho curto? Sim, claro. Usei!
Frio? Esqueça. Nem nevando sentirei!
Colos? Ixi, em mais de mil já sentei
Ficantes? Voltas ao mundo já dei
Abracei, fiquei, beijei,
Dei, Dei e dei. Ufa! Como dei
Me decepcionei.
Muitas vezes fingi. Poucas vezes gozei.
Sorri, chorei.
Curti mil festas. Camarote OPEN BAR? Entornei!
Mentir pra minha mãe?  Ontem mesmo meu rei
Mas é hora de desacelerar
Cansei.
Amanhã Faço 18 aninhos
Prometo que juízo terei
Vou largar essa vida de Piriguete. Aposentei!

Autor: Carlos Santos

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

O Feriado da Não Mediocridade

O feriado da Não Mediocridade


Dia 13.07, Dia mundial do Rock, fui ver o documentário chamado “Little girl blue”, sobre Janis Joplin. Já assisti outros documentários e ou biografias sobre Edith Piaf, Maysa, Cazuza, Renato Russo, Gandhi, Stephen Hawking, Tim Maia, Irmã Dulce, Karl Marx entre outros.
Saí do cinema com a mesma sensação que senti vendo as outras obras: O mundo avança, evolui, aprende, com os desiguais.  E a imensa, quase a totalidade da população do planeta é composta por iguais, medianos, medíocres. E, via de regra, os que ousam sair desta mesmice, são julgados, trucidados, ridicularizados, por nós, os iguais. Os medíocres.
Todas as estórias ou historias das pessoas que citei acima são repletas de incompreensão e sofrimento. E de uma busca incessante por algo que a maioria de nós sequer enxerga, mas que alguns iluminados seres passam a vida, desde muito cedo e às vezes inconscientemente, a buscar.
Então fiquei pensando o que poderia acontecer para ao menos melhorar este estado geral de mediocridade em que vivemos nossas vidas. Então resolvi dar uma sugestão, claro que nunca será acatada creio eu, mas que mesmo assim, irei fazê-la:
Poderia ser criado um novo feriado. Assim, nos moldes do 1º de Maio. Com alcance mundial. O FERIADO DA NÃO MEDIOCRIDADE. Mas seria um feriado diferente. Não seria para beber, acordar mais tarde, ir à praia ou visitar a sogra. Muito menos para ficar em casa assistindo Ana Maria Braga e bem estar! Não, não caros amigos. Seria um feriado para nós, os medíocres, termos a oportunidade de sairmos da nossa zoninha de conforto. E teríamos que, ao final do dia, prestarmos contas do que realizamos nesse glorioso feriado.
Mas, o que fazer para deixar de ser medíocre pelo menos um dia?? Ó duvida cruel e lancinante (essa palavra roubei de Geni, de Chico Buarque eh eh) abaixo vou dar algumas sugestões:
- Trocar de emprego. Fazer o trabalho do outro. Talvez servisse para dar valor á atividade alheia.
- trocar de cônjuge e ou relacionamento. Não no sentido sexual. Isso o mundo já faz. Mas um dia inteiro com o cônjuge alheio. Talvez passasse a enxergar defeitos e principalmente virtudes que nunca valorizamos em quem convive conosco.
- Tomar conta do filho dos outros. Um bem espevitado. Com certeza, ao final do dia daríamos mais valor aos nossos pais.
- ler um livro. Inteiro. Do começo ao fim. E a noite, antes de deitar-se ainda recomendar a um desconhecido.
- passar o feriado inteiro em uma localidade que só Você não falasse o idioma praticado lá. Com certeza ser cérebro desenferrujaria.
- poderia também passar o feriado fazendo trabalho voluntário. Dia inteiro. Sem remuneração. Ajudando pessoas que você nunca viu. Não sabe de onde vieram. Com certeza iríamos sair do feriado pessoas melhores. Menos egoístas e medíocres.
- outra coisa bacana que poderíamos escolher para fazer neste feriado seria passar ele, inteirinho, sem poder andar. Ou ouvir. Ou enxergar. E sermos obrigados a fazer as coisas sem um desses sentidos e ou habilidades. Acho que, ao final do dia, seríamos muito mais atenciosos e respeitosos com os que possuem a falta de algum sentido e ou dificuldade física.
Desencorajou? Achou difícil? Pensei em algo mais fácil (oh maldito jeitinho brasileiro), tenho outras sugestões, mas elas teriam que acontecer todas juntas no mesmo dia. São elas:
Não ver programas de TV sem conteúdo. Não lavar o carro em casa, desperdiçando água. Não usar rede social, não falar mal de ninguém (eu disse ninguém mesmo. Rum!), não parar em fila dupla na hora de levar o filho na escola. Isso vale também para a hora de ir buscar.
Enfim, tem várias e várias outras sugestões para tentar fugir da mediocridade. Ao final do dia, comprovadas as atividades, o cidadão dito respeitado, receberia o atestado:
EU FUI NÃO MEDÍOCRE POR UM DIA.
Penduraria na parede, postaria no facebook, whatsapp, instagram, foursomme, twitter, you tube, qzone, Google+, wechat, snapchat, baidu tieba, linkedim, pintrest, telegram, entre outras, dando claras demonstrações que o feriado foi perdido kkkkkk.

Carlos Santos. Medíocre de nascença. Mas resistindo enquanto puder!!!




Não leia. tem palavrão



Considero-me um cara atualizado com o meu tempo. Sei o q significa “wi-fi”, nos sou viúva do Atari, utilizo bem modem, pen drive e outras modernidades. Tenho Orkut (abandonado rsrs), twitter e facebook, a sensação em redes sociais. Já sou membro do “face” há dois anos, antes do “boom”. Mas tem umas coisas que não entendo e outras que realmente, aqui pra nós, acho uma merda!
Há tempos o homem (o homem aqui deriva de humanidade, antes que os politicamente corretos queiram me enforcar!!!) acredita mais no que lê e vê na TV do que o que lhe dizem ou aprende. Tem até uma frase que se tornou célebre na imprensa baiana: “Saiu no A TARDE. Então é verdade!” E as redes sociais, queira ou não, assim como a TV fechada e a viadagem, vieram pra ficar! O twitter tem um termo chamado “rastag” que eu, balzaquiano que sou, confesso que não tenho a menor idéia por tem esse nome, mas tem dois que acho uma porcaria. Fulaninho escreve uma miséria qualquer e coloca #fato. Como se aquilo escrito, pra virar verdade, tivesse que vir acompanhado dessa expressão. E o outro é #ficadica. Outro fulaninho (parafraseando Helbert Rosas) da casa da nisgraça escreve uma merda inútil ou até mesmo algo de relevância e arremata com essa frase. Olhe, pegue sua dica e enfie no (calma, calma, tem palavrão, mas não tanto assim. Mas você entendeu!)
Como a net ainda não possui cheiro e nem transmite intensidade, os internautas vão criando as onomatopéias (viu, eu avisei que tinha palavrão) eletrônicas. Comum no face achar frases do tipo “ri litros”. Outro dia achei uma que tentava transmitir ainda mais intensidade; “ri oceanos’. Na moral, talvez esteja aqui manifestando o resultado de tantos cabelos brancos que já possuo, mas não consegui ainda me acostumar com essas expressões. Prefiro falar ou escrever “me poquei de rir” ou ainda” ri pra caralho!”Sim, caralho, por que essa historinha de ficar dizendo “caraca”,” caraca” acho uma tragédia. Diz logo a porra do palavrão correto e pronto f..... (também entendeu ehehehe).
Como afirmei no inicio, esse texto está recheado de palavrões. Porra, caralho, Merda, Wi-fi, twitter, facebook. Nada que se compare a Dercy Gonçalves, mas se as três ultimas palavras não são intimas do seu dia-a-dia, você está desatualizado (a). #ficadica!