BLOG ANTIGO

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO. DE NOVO

FELIZ ANO NOVO. DE NOVO.

Sou uma pessoa que não gosta da mesmice. Nem de fazer a coisa por obrigação ou “convenção”.
Minha filha por exemplo, não é batizada. Tem padrinhos de consideração, por mero cuidado sociológico. Em minha opinião ela deve escolher a religião dela quando crescer. Da mesma forma que não exigo que me dê a “bença”. Se for para pedir para ser abençoada, pede direto ao criador, a Deus ou a qualquer dos nomes que o chamemos.
Não gosto muito do natal. A mesma coisa todos os anos. Aquelas velhas e chatas “amigas secretas”, que você acaba tirando gente legal, mas também vêm umas malas no meio. Dá um presente super bacana e ganha uma arvore de arame revestido com pedrinhas semipreciosas coladas em cada haste, ou uma “santinha milagrosa”. Uma lástima. O comercio entupido de compradores ensandecidos, parecendo que o mundo vai acabar. No shopping, pessoas pacatas, respeitosas trocando insultos e até tapas por uma mísera vaga de estacionamento. Fila até para subir na escada rolante. To fora!

Obrigação de comer panetone, de estar e parecer feliz. De encontrar toda a família (quem tem família grande sabe do que estou falando), sem falar que moramos nos trópicos e temos que ficar explicando aos nossos filhos porque peste agente comemora o natal achando e se comportando como se no Brasil nevasse. Já basta ter que achar no mapa o Pólo norte, explicar como as renas de papai Noel conseguem voar e outras “cositas más”. Sem falar no pernil, no peru, no chester. Falando nessa apreciada ave, alguém conhece um chester? Alguém já ouviu falar em criação de chester? Alguém sabe a cor das penas de um chester, alguém sabe se chester tem mesmo penas?????? Mistério, muito mistério. Eu não como. Prefiro o velho e bom pernil. E nada de ninguém se lembrar do aniversariante do natal, verdadeiro motivo da comemoração.....

Aí passa todo esse tumulto e chega a semana do ano novo. Dezembro o mundo sai de férias. Os políticos. Os jogadores de futebol. A bolsa de valores. Até os bandidos parece que nesta época dão uma trégua. Ai, sem ter muito que fazer, os grandes jornais começam aquelas manjadas matérias. “não sei aonde vão ser quinze minutos de queima de fogos ( ALGUEM JÁ FICOU CRONOMETRANDO ESSE TEMPO??)”.  “a rodoviária estava entupida”.” Ano passado tantos mil mortos no transito, para este réveillon a policia espera uma redução de tantos por cento” “ esse ano a tendência para o réveillon é o branco (sic)”, “previsões de num sei quem de obaluaiê dos signos regidos pelas runas consagradas na terra santa de Israel”. Simpatias para dar sorte “pular três ondas”, “ comer lentilha” e por aí vai.

Mas tem algo que me incomoda mais. É a artificialidade desta época. As pessoas parecem que têm vergonha de desejar coisas boas ao outro, ao seu semelhante. Uma frase do tipo “feliz ano novo” é dita para você sem nem sequer a pessoa olhar em sua direção, sem contar que, de tão rápida e envergonhada que é proferida, foneticamente ouvimos algo do tipo “fiz ovo”. Fez ovo? Virou galinha agora foi? Por obrigação nada sai bem feito. Alguém já disse que a necessidade é a mãe de todas as porcarias. Se for desejar algo, não faça da boca pra fora. Diga com o coração. Com a alma, com vontade. Deseje sinceramente votos de felicidade, sucesso e prosperidade. Falando nisso, do jeito que o tempo anda passando rápido, quando você terminar de ler esse texto imenso, já teremos chegado 2013. Então, para finalizar F E L I Z  A N O  N O V O .  F E L I Z  2 0 1 2!

Bom, dito isso, vou ali dar uma conferida no horóscopo de João Bidu que ninguém é perfeito rsrsrsrsrrsr
P S texto escrito diretamente de Aracajú, na residência do meu amigo e compadre Carlos Assunção, conhecido nas budegas de Camaçari carinhosamente por PIUI!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

RÉPIAUER


Meus caros, falo muitas coisas das antigas, pois sou antigo. Quando rolou as dores do parto em minha mãe, rolava o ano de 1970, já éramos campeões do mundo, o Bahia já era o melhor e maior time do norte nordeste ( até hoje continua a hegemonia) e Em Camaçari, só existia uma maternidade, nos fundos do bom preço, onde atualmente funciona a "Regulação". Tava tudo cheio, então tive que ser levado para nascer em Salvador, na estrada da mandichúria, Hospital Ana Nery, sem antes acontecer mais uma emoção: a Ambulancia bateu na então Avenida Bonocô ainda em construção!
Tô lembrando destes fatos com mais de 40 anos, pois às vezes tenho a sensação que o tempo não passou em nossa Camaçari, parece ainda que vivemos naquele ínfimo município de menos de 20 mil habitantes da década de 70.
Pois hoje, 20 de dezembro de 2011, final do ano, época de natal, marco com um amigo de longa data para "bebermos uma gelada" e colocarmos os assuntos em dia. terça feira. 18 horas. penso e sugiro:
- vamos ao varanda, nos 46. Sugestão aceita
Chego lá às 18:05. decepção. fechado.
Sigo para o Ishiban ( choperia). fechado. o Cartaz avisa: De Quarta a sabado, funcionamos das 19 até num sei q horas.
procuro o proprietário. Indago sopbre o horario. ele aponta para o cartaz e, de forma enfática, afirma: só funcionamos à noite a partir de quarta.
Sigo para o Quintal do Dodi. mais um fora. fechado, com direito a cadeado no portão e tudo.
Penso em BOB e nas deliciosas comidas e tira-gostos. Lêdo engano. fechado tambem. E ainda por cima um aviso: " Não estamos aceitando Visavale"; começo a acreditar nas previsões maias. O Fim do Mundo tá perto.
Me desloco em direção a estação da resenha ( Que tambem estava fechado). Desisto devido ao engarrafamento que se forma na Avenida 28 de Setembro, antiga Radial "A". Desço a rua da bandeira e contorno mais uma vez a praça dos 46. Ufa. Viva. êêê. O varanda já está funcionando. entro meio desconfiado e minhas suspeitas se confirmam: Sou o primeiro cliente!!!
Lá se vão quase 19 hs.
Gente, estamos no final do ano. Época das comemorações coletivas. Uma cidade que tem pretensões de ser uma grande metrópole não pode ter este vácuo do "não fazer nada"!
Vamos pensar grande. vamos alargar nossos horizontes muito mais que nossas mandíbulas para criticar o penteado da vizinha e ou o novo caso do colega de trabalho.
Fica aqui um protesto de um morador desta cidade desde sempre, que queria apenas "beber uma gelada" e fugir da falta de graça do OPEN CENTER e da malfadada acústica ensurdecedora ( zuada mesmo nessa porra) do Riviera.
Ao ócio. todo ele criativo e inventivo. o trabalho, esse agente já se dedica a maior parte da nossa existência

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Steve Jobs e Miguézinho

Meu tio morreu. Vitimado por um derrame a alguns anos, em cima de uma cama há alguns meses, em estado quase vegetativo, faleceu. Chamava-se Miguel. Conhecido popularmente e carinhosamente por miguelzinho ou miguézinho, como os mais antigos o chamavam.
E a morte, um acontecimento que espera a nós todos, nunca foi assunto muito simpático, ganhando destaque nas últimas semanas com a morte do fundador da empresa de tecnologia Apple, criador dentre outros produtos do Imac, Ipod e Ipad. Introduziu o conceito de simplicidade e designs aos produtos e na vida das pessoas.
Simplicidade. Este era o segredo da Apple.
Simplicidade é a palavra que vem à cabeça quando me lembro de tio Miguel, na verdade marido da minha tia Nadir. Na infância, década de 70-80, ia com meus pais para a vila de pescadores onde ele morava (Barra de Pojuca – Camaçari Bahia) e viveu praticamente a vida toda. Por opção. Um local com ruas de cascalho mal iluminadas, com vida simples e gente simples. Ele ali, na frente do bar, com seu cinto fino de fivela em três cores. Tocando cavaquinho, algo que fazia bem. Muito bem. A casa, inicialmente em taipa, atualmente reformada, localizada na rua principal, próxima a igreja. A vida ali parecia passar mais devagar e ser mais saudável. Esta era a impressão que eu tinha daquele lugar.
Miguezinho não criou nenhum produto revolucionário a exemplo de Steve Jobs. Fez mais: criou doze filhos, juntamente com sua esposa. E nenhum “deu pra ruim”, como se dizia antigamente. Com as dificuldades normais da vida, cada um vive na sua dificuldade e dignidade.
E agora ela, a morte, coloca no mesmo patamar Steve Jobs e miguézinho. Assim como dito antes, o fato de morrer tornou-se assunto popular, fruto do trecho do discurso proferido pelo fundador da Apple: “Lembrar de que você vai morrer é a melhor maneira que conheço de evitar armadilha de temer por aquilo que temos a perder. Não há motivo para não fazer o que dita o coração.”
Ontem foi Steve Jobs. Hoje Foi Miguézinho. Amanha será você ou eu. Não espere receber uma noticia de morte para começar a viver. Faça isso hoje. Faça isso agora, afinal a vida, assim como a morte, são dons divinos que ganhamos do criador e devemos aproveitá-los da melhor maneira. “Cada um na sua”, já dizia o profeta Confúcio, parceiro musical de Raul Seixas, há mais de dez mil anos atrás!
 
Carlos Santos.
25.10.2011

domingo, 3 de abril de 2011

A ARTE DE BAGULHAR – OU O FENÔMENO DA BAGULHANÇA

Seres humanos são espécies muito interessantes. Fico observando adolescentes e jovens na arte de "capturar" uma companhia.

Investem boa parte do seu precioso e corrido tempo em caprichar no visual, cercar-se das melhores roupas, perfumes, conteúdo interessante, antenado nas ultimas novidades, tudo com o intuito de impressionar o oposto sexo.

Regra geral, os homens investem em relógios, tênis e carros. Aparatos tecnológicos como celular transado e um belo e portentoso MP11 também fazem parte do arsenal da conquista, sem esquecer as visitas em locais movimentados. Fundamental também saber dançar, ao menos em minha opinião (que já perdi uma namorada por não saber. Mas aprendi. Um pouco rsrsr).

As mulheres, por sua vez, dão aquela investida no cabelo, bolsa e roupas, perfume e maquiagem. Claro que nestes modernos tempos, o carro também faz parte. Muitas das mulheres e meninas que saem para uma boa paquera ou mesmo afim de algo mais duradouro, tem sua independência financeira, um carro pra chamar de seu, e ate sua casa própria.

Mas este texto não pretende falar do inicio e sim do "durante" do romance, pois namoro novo é uma delícia em qualquer idade ou parte do mundo. E uma beleza. Tudo às mil maravilhas. Damos o melhor de nos. Nossa paciência, bom humor, excitação, disposição, criatividade, corpos torneados e bem dispostos, loucuras, surpresas e outras cositas más. Mas..., mas... O tempo vai passando...passando e ai...

Ai, começa o fenômeno da bagulhança lenta e gradual o homem vai começando a deixar aquela barriguinha ridícula se multiplicar, alem de crescer, deixa cair em cima do cós da calca ou da bermuda. A barba já não anda tão alinhada. Perfume caro? Nada, pra sair com a patroa vai uma alfazema e olhe lá! Sem contar que a maioria tem tendência a calvície, vai deixando a carequinha displicente. A companheira chega e ta ele lá, largado no sofá, com aquele bermudão que vestiu a semana inteira, aquela havaiana suja que dá dó!

Restaurante caro e sofisticado? Que é isso querida, faz um cachorro quente mesmo! Com o passar do tempo, o cara ronca, bufa entre outras demonstrações de amor e carinho com a companheira. As cuecas passam pelo fenômeno da multiplicação, pois junto com a barriga, vem o aumento de peso e o crescimento gradual da cueca. Uma cuequinha box novinha e uma coisa, mas imagine aquele cuecão estendido no varal do fundo da casa, com uma broca que mais parece buraco em estrada federal pos chuva

? argh! cena de lascar!!! o cabelo do sovaco a ultima vez que viu uma aparada foi na festa de casamento, há dez, vinte anos atrás! os apelidos vão mudando, os bichinhos que tratava a namorada vão crescendo. periquitinha, pombinha, coelhinha transformam-se em vaca, elefante, hipopótamo entre outros menos carinhosos.

No território feminino, o fenômeno da bagulhança não e menos devastador.

cinturinha de pilão, sutiãs novinhos e cheinhos de renda, calcinhas convidativas, mãozinhas macias e sempre dispostas a oferecer carinhos e caricias....ah, isso passa, e como passa. Não sei por que boa parte das mulheres, com o passar do tempo, tem verdadeira fascinação por bobs. aquelas manilhas que ficam penduradas em suas madeixas. O cidadão trabalha a semana toda, fim de semana tranquilão acorda e...da de cara com a criatura de bobs e enfurnada num chambrão! (tipo de vestido, onde fica tudo por um, que a mulher usa pra tudo) armada com a referida vestimenta, ela faz de um tudo. organiza o almoço, coloca roupa na máquina, dá uma "ajeitada" na casa, vai ao centro comprar umas coisinhas que estavam faltando, recebe a manicure. ufa, que roupinha versátil!

O cabelo, hum, todo sábado vai ao salão e cada dia o bichinho vai ficando mais ruinzinho, mais maltratado. um ou outro se salva com a mágica atual da chapinha, mas na maioria....nunca mais aquele volume, aquele brilho, onde você chegava a se perder....eita saudade! as calcinhas vão ganhando cores, antes inimagináveis a limitada imaginação masculina. As antes vermelhas, rosas, pretas e brancas, vão dando lugar famigeradas calçolas roxo berinjela, beges, marrons e ocres! e ainda por cima, algumas ainda aumentam a dose do terror, quando o elástico da cintura estraga, elas dão um "nozinho" pra segurar o tchan! argh de novo. pense numa cena feia! onde antes existia renda, hoje tem pano pra fazer uma bandeira! sem contar com o processo de engorda que maltrata as mulheres tanto quanto os homens. Melhor nem entrar neste assunto.

a operação "retira absorvente" e outro ponto no universo feminino que merece reflexão. no inicio, é praticamente uma missão da C.I.A., de tão secreta e discreta a sua realização. Mas meu amigo, não se assuste se, com o alvorecer do fenômeno da bagulhança, você entrar no banheiro e dar de cara com um duplo, com abas, sorrindo em vermelho para a sua pessoa.

No mais, e orar e vigiar, pra não ser engolido pelo fenômeno. só por causas destas coisinhas que listei acima, não vá me dizer que vai querer passar a vida toda só ficando. tome coragem minha cara e meu caro. Mãos a obra e se jogue! um dia você tbm vai conjugar o verbo bagulhar na primeira pessoa!!!!!!

Cenas e situações meramente ilustrativas,. Qualquer semelhança com a minha realidade será mera coincidência. Já com a sua...sei não sei não!

visite tbm:

www.camacaridiario.com/colunas e leia este texto na coluna Cara LIsa



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Carlos Santos
cjsban.blog.terra.com.br